Apenas um metro os separa. Passam por dois séculos e o metro mantém-se. A distância é que parece do tamanho da Muralha da China. O que os afasta é a individualidade de cada um e a desigualdade da relação.
Havia uma fronteira estreita que fazia lembrar a Faixa de Gaza. Paradoxalmente, existia: suavidade; honestidade; espontaneidade; seriedade; intimidade e uma cumplicidade perene. Como se estivessem numa ilha deserta.
Não são interrompidos por nada exceto pelo lapso de tempo que existe entre os dois. Ele é uma máquina que foca e filtra. Ela um dispositivo que às vezes fica sem megabytes. É necessária muita lucidez e coragem para passar pelo tempo sem sair do mesmo lugar.

