O homem Macho latino tornou-se, nos últimos anos, uma “espécie” rara. Se fosse cotado em bolsa, valeria uma fortuna e estaria sempre em alta. Ao contrário, o homem Pan é o que há mais. Mas não vale uma, nem por caridade. O Macho latino não passeia o “Lulu” e a “Lili” às seis da manhã ou à meia noite (simplesmente não passeia cãezinhos). Mas ceia com uma mulher e leva-lhe o pequeno-almoço à cama, com carinho e festas pelo corpo todo. Com o homem Pan, o mais provável é a mulher acordar com o focinho do cão no seu ombro e lambidelas caninas de bom dia. O Pan vai ao cinema e não come pipocas, para que não falte milho às galinhas; o Macho latino pede o balde maior. Vai ao supermercado, direito à garrafeira, aos queijos e, por fim, vai buscar as lâminas de barbear. O Pan vai direito às Whiskas, aos kleenexs, acabando na quinoa e grão de bico. As indumentárias são desmaseladas, percebe-se que a roupa foi lavada misturada com as pantufas do cão e a manta da gata. Pendurada pelas pontas, deixada dois dias no varal e esticada com as mãos. O Macho latino parece que acabou de comprar a roupa. Sempre impecável, mesmo de jeans. Paradoxalmente, o fetiche do Pan é o talhante, do Macho latino a coelhinha. O Macho latino partilha contigo um bom naco de carne. O Pan partilha lentilhas, mas, às escondidas, é comum vê-lo comer um belo de um cachorro quente. O homem Pan não vale um caroço. O homem Macho latino vale uma, duas, três… isso mesmo !
quequeasextafeira

